quinta-feira, 15 de março de 2018

Quando os filhos voam - Rubens Alves

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.
Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

E agora , José??

Acho que na verdade, a pergunta é até quando, José????
Até quando me sujeitarei à esse tipo de agressão verbal? Até quando suportarei que me digam essas coisas?
Num universo tão vasto, será mesmo que preciso passar por isso??
Creio que a minha jornada possa ser um pouco mais tranquila e feliz, se eu escolher..
Alguns dias têm sido difíceis..mas não são eternos.. dias melhores virão.. e qdo eles chegarem, preciso estar com tudo em ordem..
Já tem um tempo que descobri q o assedio moral, às vezes se faz presente dentrovde casa, com nossos pares.. e por necessidade também aprendi o que é ser resiliente..
Mas olha,  vou te contar uma coisa... ser resiliente o tempo todo é meio cansativo..
Melhor seria nao precisar disso..
Minha terapeuta me diz q sou forte.. e acho q sou mesmo.. mas têm dias em q tudo o que eu quero, é Liberdade!!!!!

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Até breve, querida!!!

O que fazer quando alguém que amamos resolve partir antes de nós ??? Cedo demais ????
A tristeza que me invade, parece não ter fim... mas eu sei que tem.. que depois, isso fica só na saudade...
Tantas coisas ditas... e tantas por ainda dizer... tantas risadas demos juntas... choramos também.. e rimos de novo..
Nessa vida tão fugaz... nunca sabemos quando nosso nome sera chamado.. hoje foi  o seu, querida amiga... quando será o meu????
Enquanto ainda estavas por aqui.. mesmo não nos vendo com frequência.. sabíamos onde achar uma a outra... agora que partistes.. aonde vou te achar???
Se eu soubesse que seria a ultima vez que te veria... teria feito diferente..  mas não sabia..  e agora já foi... 
O que me consola é que somos amigas... partilhamos... convivemos... brincamos.. jogamos... nunca brigamos... e nos amamos... Amigos são raros... Feliz eu sou por ter tido você como amiga..
Um dia nos reencontraremos... e colocaremos a conversa em dia... vou te contar como ficaram as coisas por aqui, depois que partistes... e você me conta como foi sua chegada noutro plano...
Grá, amiga amada... sinto saudades que não posso matar... a mim, me resta viver da lembrança...
Até breve... te amo pra sempre... <3

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quinta-feira, 30 de março de 2017

Pessoas.. tamo junto!!


Hoje eu tô meio assim..


Coragem, o cão covarde!!!



E num determinado momento... tudo o que tem me angustiado nesses anos todos, parece que cessará..
A sensação de perda é misturada com outra.. a de alívio... A conversa de que os momentos bons, suplantam os ruins, é tudo balela... momentos bons são bons.. só.. e ruins são ruins o bastante para deixarem cicatrizes..
O medo da instabilidade, emocional (porque de um jeito torto, somos amados), embora não devamos aceitar isso.., a financeira, que na verdade é uma ilusão... não deveria ser tão grande.. Caminhar só, é assustador, mas também é libertador... será difícil, sim, com certeza.. mas será melhor.. para todos os envolvidos..
Quisera eu ter a coragem para dar esse passo.. é tudo tão sufocante e esmagador.. mas daí você pensa no coletivo.. e em tudo o que todos perderiam por essa tal liberdade, que eu tanto quero...
Espero que quando chegar a minha vez, não seja tarde.. e eu consiga desfrutar da minha solidão..
Já dizia Sarte.. " o Inferno são os outros!"